terça-feira, 20 de julho de 2010

18 de julho de 2010

Mais um dia passado, mais um inferno vivido. O arrependimento me corroe assim como um ácido colocado diretamente em minha cabeça, começo a perceber que tudo não passava de mentiras, que a única verdade que existia era que nada era real, era que apenas eu construía mais um dos meus castelos de sonhos e ilusões cujo principal alicerce era minha fuga desesperada do mundo real. Não consigo respirar sem que uma dor enorme me sufoque os pulmões, sem que o ar me falte e as lágrimas molhem meus olhos. Hoje não tenho a inspiração necessária para continuar a escrever os textos que antes escrevia, com palavras complexas que definiam a simplicidade do que eu passava ao achar que tudo era complicado e sem solução, agora palavras simples tomam meu vocabulário e exprimem a complexidade do que passo e que tomou até a única forma que tinha de me expressar. Procuro sentir novamente o que antes eu sentia, busco desesperadamente por uma paz que não tenho mais, a cada segundo que se passa meu desespero aumenta, não quero passar o resto dos meus dias assim. O antídoto para essa doença pode ser fácil de conseguir, mas eu não tenho forças, estou fraca e não sei se consigo sobreviver sozinha. Cansei de viver farsas, mas sei que não agüento a conseqüência da verdade. Quando tudo isso não passar de palavras, quando eu não estiver mais aqui lembre-se de que algo poderia ter sido feito, mas você não fez nada para me salvar, você não fez nada para que eu voltasse a ser quem eu realmente sou e que tudo poderia ter sido diferente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário