sábado, 14 de maio de 2011

Sentimento de culpa


Culpa minha, deixei que a mudança fosse perpetuada, o gelo agora pulsa o sangue, o gelo em forma de coração. Interesses? Apenas os meus, é o que importa, o mundo é apenas objeto em minhas mãos. Mas é sozinha que o gelo à carne retorna e vejo que o monstro em que me transformei é mais cruel consigo do que com o mundo ao seu redor.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Apenas estranhos

Não adianta, você não é mais quem um dia foi, teus olhos já não me são familiares, cada linha que perpetua os traços de teu rosto já não são conhecidas para mim. Minhas verdades, dores e amores já estão contidos a sete chaves, os ouvidos que antes me ouviam apenas me observam, pasmos pela falta de intimidade. Somos apenas dois estranhos à procura do caminho de encontro de nossos olhares que fará com que venhamos a nos conhecer novamente.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Morrer de amores


Quem me dera morrer de amores, faria a diferença, seria a única dentre milhões de humanos, pois ninguém morre de amores, mas sim por consequência de suas dores.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Por que?


Por que ainda sinto o coração acelerar quando vejo aquela foto, meu Deus? Passou-se muito tempo, esta sensação deveria estar extinta, mas até uma foto me faz tremer as bases. Aquele sorriso me é mais tentador do que o fruto proibido do jardim do Éden, apenas um curvar daqueles lábios me mantém imobilizada. Aaah, o êxtase de tal sensação me ferve a alma e enrijece os nervos, a raiva começa a me consumir, que espécie de ser miserável sou eu que não controlo nem ao menos meus impulsos nervosos? Mas aquele olhar é tão lindo, tão doce que ao observá-lo novamente toda ira vai embora. Meu Pai ajude-me a suportar o que está a matar meu verdadeiro eu, não posso ceder à tentação de seu olhar e me perder novamente num tornado de confusões.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Tentando parar de sonhar


Passo segundos, minutos, horas, dias tentando evitar, mas me parece impossível parar de querer o que não mais me pertence, de sonhar sonhos já inexistentes, alimentar esperanças que não são convenientes. Tento, tento, tento e não avanço um passo para sair do tentar. Se ao menos me dessem as ferramentas necessárias construiria a escada que possibilitaria tão desejado crescimento, mas se tal ferramenta é o esquecimento poderiam negar-me, só mais uma vez, a companhia de que necessito, e só assim, em mais uma tentativa, poderia sair do pesadelo que é não parar de sonhar.