quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Personagens presos na realidade


Frases
Pensamentos livres e soltos, imaginação ao leve embalo do vento. Vejo??? – esqueci!
M.R.J.
Vultos formados pelo vento me fazem perceber o quanto de vida perdi.
I.T.
Como uma partitura musical, eu levemente viajo na música.
M.R.J.
Era pra ser na cara.
K.
À meia-luz, coberta pelas luzes de imensos faróis suspensos.
I.T.
O homem ambulatório, ou seja, vagabundo, acabou por vir conosco.
A.J.
Mas todos aqueles lombradas e lombrados não percebiam que, à luz de Deus, eram só mais alguns fracassados.
L.
Fulgência de luzes no Marco Zero. As pessoas na positividade, deitadas, sentadas, rindo, como naqueles vídeos antigos, em que os adolescentes da época se divertiam.
M.R.J.
Um circo. Todos parecem palhaços, rindo um da cara do outro, falando coisas sem sentido. Frank falando merdas.
M.R.J.
Na frente de um teatro, os personagens fogem da peça e se inserem na realidade, correndo na noite, em meio aos adolescentes insanos.
M.R.J.
Tomando decisões sãs em momentos de pura loucura.
I.T.
Vivendo a adolescência como deve ser vivida.
M.R.J.
Pequenos e leves, os anzóis me fisgam e tentam me puxar para um mundo que não estou. Um mundo que eu vivi durante anos e que agora me parece estranho.
M.R.J.
Presa numa cela imaginária me vejo em um simples momento de banho de Sol, curtindo os poucos minutos de liberdade que me restam.
I.T.
Como em uma praia, deitado na areia, escuto o som das ondas indo e vindo, como minha própria realidade, que não me deixa fugir.
M.R.J.
Tristes e deprimidos, todos agora parecem lamentar a ida para casa. Agora parece muito pior, ficando para trás toda aquela diversão, toda aquela diversão, toda aquela felicidade. Tudo se esvai.
M.R.J.
Eu sou a líder, meu irmão, do bando!
É o Mirabilombra!
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk = Eu ri!Quer troco pra quanto? É bom demais!
K.

Apenas mais um delírio


Percorrendo tuneis criados pelo tempo, vultuosas lembranças criaram vida na gigante tela que minha imaginação formou em minha mente. Imagens gigantes, coloridas, se formaram em minha frente e me vi maravilhada com tamanha magnitude. Pessoas surgiam e sumiam como fumaça espalhada pelo vento. Foi na hora em que percebi qual a figura se formava com maior freqüência em minha frente. Olhos tão bem conhecidos agora me olhavam fixos e ao tentar tocá-los desmanchei a imagem que tanto queria tocar. Ao perceber que tudo não passou de ilusão me lancei numa procura desesperada pela ligação entre pensamentos e realidade, busquei desesperadamente por uma maneira de tirar você de meus sonhos e te colocar na realidade, mas não deu, a fumaça voou e você se foi junto a ela, apagando todas as oportunidades que um dia eu tive e deixei pelo caminho.

Luta pela liberdade

Paralisado pelo medo causado pelos vultos do passado. Em frente a meus olhos fixos em um ponto imaginário milhares de lembranças correm me mostrando quem fui e a possível chance de fazer do meu presente algo totalmente diferente, chances perdidas que sei que jamais voltarão. Sinto o vento tocar meu rosto, sinto tudo em movimento em torno de meu corpo imóvel. Lágrimas escorrem de meus olhos e percebo que meu corpo não consegue comportar mais minha alma, que a qualquer momento ele pode romper e a deixar fugir, mas sei que ela não consegue. Preciso ajudá-la a conquistar a liberdade, preciso me livrar da única barreira que ainda a mantém em cárcere. E foi com o pensamento fixo em meu objetivo que tentei, lutei por sua liberdade, mas minha luta foi falha e sei que foi melhor assim, a única dúvida é: Será que foi melhor para mim?



Para M.R.

sábado, 9 de outubro de 2010

Sanidade insana


Tomei decisões importantes, vivi sã e agora me encontro em um momento de delírio, ou posso dizer que vivi no delírio e agora, por um momento, me encontro sã?! No centro do mundo, único ser imóvel em meio a um tornado de movimentos, tudo se via, tudo se ouvia. Ventos barulhentos se alto desenhavam ondulados na luz do negro céu, faróis suspensos me informavam que estava em um porto seguro. A paisagem dos coqueiros movidos pelos ventos ondulatórios me lembrava uma pintura antiga, contrastantes cores me enchiam os olhos, o ar doce que soprava a cada segundo limpava meus pulmões já manchados, a leveza de meus passos espelhava o voar da minha alma que tanto ansiava por sobrevoar meu corpo impuro.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Amar


Fechei os olhos para não te ver
E a minha boca para não dizer
E dos meus olhos fechados
Desceram lágrimas que não enxuguei
E da minha boca fechada nasceram sussurros
E palavras mudas que te dediquei

O amor é quando a gente mora um no outro.

Mario Quintana