Ontem, durante uma inocente discussão em uma amigável reunião familiar senti meu cérebro ferver tentando comportar milhares de frases de uma opinião que há tempos é expressa, mas sem aceitação alguma. Tal discussão tratava da ida de um jovem a outro país para aprimorar seus conhecimentos no idioma local, e esse jovem recebeu vários elogios da parte da pessoa que citou sua futura viagem. No mesmo segundo me veio à cabeça a seguinte pergunta: “E se ao invés de um jovem fosse uma jovem?” Tenho que admitir, esta interrogação não passou de mero pensamento, cuspi as palavras num tom cuja revolta atravessava cada letra alí exposta. E a resposta já me era esperada, com a mudança do sexo mudariam também as opiniões, aquela jovem estaria louca, ou simplesmente estaria entregue ao mundo dos libertinos pelo simples fato de correr atrás de seu sucesso. Pergunto-me como o cérebro mais desenvolvido dentre os animais pode comportar pensamento tão retrógrado, e, por mais absurdo que seja, essa imposição por parte dessa medíocre sociedade é aceita sem praticamente nenhuma manifestação contra o processo de retrocesso mundial. Não sou nenhuma libertária, minha intenção não é criar o caos mundial fazendo com que homens e mulheres possam prostitur-se sem problema algum, apenas desejo um mundo melhor, onde o homem possa possuir a mesma moral que a mulher é obrigada a ter. Ainda chego a escutar mulheres à espera de seu príncipe encantado, trocando seu sexo e submissão por uma vida estável sem preconceitos por parte do resto mundo, pra mim são meras prostitutas que em troca de dinheiro vendem-se a um casamento onde o “amor” nascerá em seguida. Imploro que pensemos no que estamos fazendo com o mundo, aceitamos situações pré-estabelecidas pelo comodismo e nos tornamos apenas meras marionetes dessa fétida população mundial que deseja englobar o mundo em suas morais já falhas pelo simples fato do medo que alguns possuem em perder suas regalias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário