quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Inter-rogo-te

Balas cortantes atravessam
seu cérebro.
Correr? Fugir?
Mas fugir de que, se o mau
se resume a mim?
Espadas brilhantes dilaceram
seu coração.
Sentar? Pensar?
Mas pensar pra que, se aqui
jás a razão?
Vozes te atormentam
mandam-te fazer
o que não deves.
Me acalmo? Espero?
Esperar o que,
se a vida que levo
é tudo que quero?
E caio, como fruto podre,
de face no chão, prostrada,
chorando.
Te rogo, oh razão!
Devolva o que o tempo levou-me,
mas em vão.

Por: Bell's Lima

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