quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Luta pela liberdade

Paralisado pelo medo causado pelos vultos do passado. Em frente a meus olhos fixos em um ponto imaginário milhares de lembranças correm me mostrando quem fui e a possível chance de fazer do meu presente algo totalmente diferente, chances perdidas que sei que jamais voltarão. Sinto o vento tocar meu rosto, sinto tudo em movimento em torno de meu corpo imóvel. Lágrimas escorrem de meus olhos e percebo que meu corpo não consegue comportar mais minha alma, que a qualquer momento ele pode romper e a deixar fugir, mas sei que ela não consegue. Preciso ajudá-la a conquistar a liberdade, preciso me livrar da única barreira que ainda a mantém em cárcere. E foi com o pensamento fixo em meu objetivo que tentei, lutei por sua liberdade, mas minha luta foi falha e sei que foi melhor assim, a única dúvida é: Será que foi melhor para mim?



Para M.R.

sábado, 9 de outubro de 2010

Sanidade insana


Tomei decisões importantes, vivi sã e agora me encontro em um momento de delírio, ou posso dizer que vivi no delírio e agora, por um momento, me encontro sã?! No centro do mundo, único ser imóvel em meio a um tornado de movimentos, tudo se via, tudo se ouvia. Ventos barulhentos se alto desenhavam ondulados na luz do negro céu, faróis suspensos me informavam que estava em um porto seguro. A paisagem dos coqueiros movidos pelos ventos ondulatórios me lembrava uma pintura antiga, contrastantes cores me enchiam os olhos, o ar doce que soprava a cada segundo limpava meus pulmões já manchados, a leveza de meus passos espelhava o voar da minha alma que tanto ansiava por sobrevoar meu corpo impuro.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Amar


Fechei os olhos para não te ver
E a minha boca para não dizer
E dos meus olhos fechados
Desceram lágrimas que não enxuguei
E da minha boca fechada nasceram sussurros
E palavras mudas que te dediquei

O amor é quando a gente mora um no outro.

Mario Quintana