Passaram-se dias e eu nada escrevia, até agora. Acho que não é o medo, nem a tristeza que me fazem passar horas em frente ao computador digitando palavras que poderiam me livrar de um vazio enlouquecedor. O culpado de todo esse sofrimento é o tempo, é ele que me deixa livre o suficiente para pensar nas amarguras que me sufocaram por tanto tempo, é ele que traz novamente à tona sentimentos que sempre procurei evitar. Preciso de ajuda, mas não há ninguém que possa me ajudar, ao menos nesse momento, ao menos durante todos esses anos. Tudo que é passado aqui pode parecer apenas palavras escritas com o objetivo de se sentir algo ao escrevê-las, o que não é verdade, pois eu não escrevo para sentir, eu sinto para escrever, e é isso que faz com que tudo isso flua com tanta naturalidade, amargura e desespero unidos justificando tudo que eu sinto e que não sei explicar o porquê de existir.
terça-feira, 20 de julho de 2010
sábado, 3 de julho de 2010
Apenas nada
Agora percebo que o medo que antes tinha das palavras acabarem não passava de insegurança. Hoje não tenho palavras para descrever como estou, mas nada aconteceu, ou melhor, tudo mudou, mas o desespero não veio com isso. Esse texto não terá palavras complexas nem frases desesperadas de alguém em que a morte poderia ser a única solução para todos os problemas, terá apenas palavras simples, para identificar o vazio das más emoções substituídas por simples sensações de alegria, alívio e remorso, andando juntas e completando algo que antes faltava em mim.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
O passar dos furacões
Hoje é apenas mais um dos dias que não consigo expressar o que se passa aqui dentro. A mesma confusão se formou dentro de mim, mas por um motivo diferente, um motivo que não poderia existir. Agora percebo que todas as vezes que me mandaram viver a vida foram feitas em vão, pois como viver algo que nunca consegui ter. Durante anos escondi meus pensamentos por medo de muitas reações, mas cansei de ser algo que não sou, ou apenas resolvi ser algo que sempre sonhei em ser. Não sei se o que escrevo é o que realmente quero dizer, mas é nessa tentativa de demonstrar o que me sufoca que consigo respirar, ao menos por poucos segundos. A cada segundo que passa, a cada palavra aqui colocada, começo a sentir mais medo, medo de todas as palavras cessarem e a dor que me enlouquece aumentar cada vez mais. Uma mesma pergunta ecoa em minha cabeça como o badalar de sinos que tocam a cada soprar do vento, como posso decifrar um código que eu mesma criei num momento de delírio? Perguntas agora são partes principais da minha sobrevivência e não consigo ao menos formulá-las. De todos os textos que já escrevi esse me parece ser o mais confuso, mais confuso para mim e com certeza para quem o lê, pois ele é que mais concentra minhas emoções, com pensamentos altamente formulados, mas que se misturam com o tempo, com o passar de um furacão.
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